Do G1
A operação na Usina Hidrelétrica Retiro Baixo, em Pompéu, é feita desde domingo (27) com apenas uma das duas turbinas disponíveis no complexo. A informação foi confirmada ao G1nesta segunda-feira (28) pelo comando do Grupamento de Meio Ambiente do município.
A barragem da mineradora Vale se rompeu no início da tarde de sexta-feira (25) em Brumadinho e um mar de lama destruiu casas da região do Córrego do Feijão. Nesta segunda-feira (28), o número de mortos subiu para 60. Ainda há 292 desaparecidos, 192 resgatados, 382 localizados e 135 desabrigados.
‘Onda de rejeitos’
A Hidrelétrica Retiro Baixo, que fica a 220 km do local do rompimento, foi apontada pela Agência Nacional de Águas (ANA) como local que iria amortecer a “onda” de rejeitos. A estimativa de chegada em Pompéu é entre os dias 5 e 10 de fevereiro.
A redução de turbinas em operação na Usina Retiro Baixo, que é ligada à Hidrelétrica de Furnas, tem caráter emergencial para que a chegada dos rejeitos não interfira no funcionamento da unidade, conforme o Grupamento de Meio Ambiente.
Um vertedouro também foi aberto por precaução. Apesar das medidas, o comando do grupo afirma que o abastecimento de energia elétrica na região não ficará prejudicado.
“Essa é uma hidrelétrica de complementação da Usina de Três Marias, então não há risco de ficar sem energia. Já o vertedouro é apenas para dar vazão à água e baixar o nível caso a usina receba uma maior quantidade depois”, afirmou.
O comando ainda informou que uma equipe de funcionários da Vale monitora as águas do reservatório da hidrelétrica na cidade.
Em nota no final da tarde desta segunda-feira, a assessoria de comunicação da Usina da Hidrelétrica de Furnas informou que, por enquanto, a lama originada em Brumadinho não apresenta risco estrutural para a barragem da Usina de Retiro Baixo.
Ainda conforme o órgão, a usina localizada em Pompéu deve ter as operações paralisadas nesta terça-feira (29) para proteger equipamentos, mas que não haverá prejuízo para o fornecimento de energia elétrica na região.
Outras cidades do Centro-Oeste de Minas banhadas pelo Rio Paraopeba também monitoram possíveis impactos na região, com o risco repentino de aumento do nível e contaminação da água pelos rejeitos. Em Pará de Minas, a atenção é para o abastecimento, já que a captação na cidade tem como fonte o Rio Paraopeba.