ACT Copel 2019-2020 – Negociações começam em ritmo lento em Curitiba

Teve início nesta terça-feira o processo negocial do Acordo Coletivo de Trabalho da Copel para o período 2019-2020. Trata-se de uma negociação coletiva, cujo resultado impacta a maioria dos 7.500 trabalhadores da estatal paranaense de energia. A reunião acontece em Curitiba e deverá se estender até a tarde de quinta feira, 19/09.
Diferente de anos anteriores, em que a negociação iniciava-se pela discussão da pauta dos trabalhadores, em 2019 os trabalhos começaram em ritmo lento, com uma série de apresentações dos representantes da companhia sobre assuntos diversos. Um deles é o Copel Skills, sistema interno que reúne informações sobre as habilidades e interesses pessoais e profissionais dos trabalhadores e que deverá funcionar como um banco de dados para projetos e formação de equipes; outro tema abordado foram os procedimentos de pagamento de diárias de viagens.
No entanto, o ponto mais relevante para o processo negocial foi a exposição de um estudo encomendado pela empresa a uma consultoria externa sobre a situação das remunerações praticadas pela Copel em comparação com o mercado (ou seja, com a iniciativa privada). Segundo os dados apresentados, a Copel paga valores acima dos praticados em outras empresas, o que soa como uma espécie de justificativa antecipada para uma proposta com poucos avanços. Ainda que não se saibam os valores que a companhia trará nos próximos dias, o que se desenha é uma proposta bem aquém das reivindicações dos trabalhadores.
Resta aguardar o segundo dia de negociações, com contará com a participação do Dieese para subsidiar os sindicatos com dados e argumentos para obter ganhos para os trabalhadores, representados por doze sindicatos: Sindelpar, Sindenel, Sintec-PR, Sindespar, Sintespar, Sindasp, Steem, Sinel, Sindel, Siemcel, Stiecp e Senge-PR unidos para fortalecer a pauta, ganhar pela união e garantir conquistas. Entre os itens principais em discussão estão as cláusulas econômicas, com reajuste, abono e auxílios diversos. As entidades sindicais reivindicam a reposição da inflação do período mais ganho real de 2% no salario e nos adicionais, como auxílio creche, alimentação e educação.