Mais um “evento inesperado” da natureza, como se a sanha do ser humano em busca de lucro fácil não impactasse o meio ambiente e gerasse a crise climática, como já provado pela ciência. Mais uma “impossibilidade” de se preparar para o desastre anunciado. Mais um encolhimento do tamanho da equipe da Copel e mais uma distribuição recorde (1,35 BILHÕES de reais) de dividendos para os acionistas, totalizando quase 4 bilhões de reais somente este ano, como divulgado pela própria empresa.
Hoje, 12 de dezembro, as notícias informam que 4 mil unidades ainda estavam sem energia em Curitiba e litoral (os dados divulgados pela empresa apontavam cerca de 5,7 mil imóveis sem luz em todo o estado como efeito do ciclone extratropical que atingiu o sul do Brasil há três dias). Os poucos copelianos que sobraram trabalham ininterruptamente para restaurar a energia da população paranaense e, em troca, recebem o completo descaso da empresa, que simplesmente paralisou o processo negocial após a negativa de outra proposta vergonhosa e malsucedida.
Este apagão não é um evento acidental. É método. O apagão da civilidade e do respeito com trabalhadoras, trabalhadores e com a Copel. O projeto de deixar trabalhadoras e trabalhadores no escuro, fatigados, à beira do colapso enquanto parasitas sociais se locupletam com dividendos e bônus astronômicos.
Todas as empresas privatizadas a preço de banana, atendendo interesses outros que não o bem da sociedade estão em condições muito semelhantes pelo Brasil. Tudo em nome de uma história da carochinha chamada de “mercado”, onde os lucros são privados e os prejuízos socializados.
Que vergonha!
