Copel Telecom: privatização avança

Os dirigentes do Sindelpar participaram no dia 31/07 em Curitiba de reunião com representantes da Copel e com o presidente da Copel Telecom, Wendell de Oliveira. O tema foi o processo de privatização da Copel Telecom, uma bandeira do governador do estado desde sua campanha eleitoral, no ano passado.
Os sindicatos vêm lutando contra a venda da empresa, mas o processo continua. Em reunião em maio deste ano, Oliveira defendeu a privatização alegando motivos de mercado, embora a Copel Telecom seja um empresa rentável para o estado, dona de uma rede invejável e uma equipe altamente qualificada. A questão é fechada para o governo do estado: Ratinho Jr quer fechar a venda ainda este ano, usando uma lógica perigosa e perniciosa, já empregada pelo governo federal para a venda da BR distribuidora, subsidiária da Petrobrás.
A estratégia é a de vender utilizando a bolsa de valores, sob a alegação de que não é necessário aprovar a transação na assembleia legislativa. A BR distribuidora teve 30% de suas ações vendidas em 24/07, o que significou na prática a privatização da empresa, que já vendera 29% de suas ações em 2017.
Na reunião, Oliveira disse que o processo de venda segue, mas garantiu que a Copel irá manter os trabalhadores e não haverá demissões. Não se sabe ainda como estes trabalhadores serão remanejados, se em outras empresas ou se haverá um PDV. Segundo Oliveira, há estudos para isso, mas ainda não há definições.
O Sindelpar tem acompanhado a questão, posicionando-se contrário a privatizações em qualquer setor. Trata-se de uma estratégia de esvaziamento do estado, ao estilo neoliberal que tem marcado as atitudes e medidas do governo Ratinho Jr. Haverá ainda uma outra reunião em breve para que este acompanhamento seja mantido. O sindicato tem se reunido ainda com deputados da oposição para tentar buscar meios de barrar a privatização da empresa, que abre um perigoso precedente para as estatais paranaenses.