Ser mulher é ser resistência

Ser mulher é ser voz entre os silêncios. Quando o mundo cala perante a desigualdade, a intransigência, a falta de humanidade, as mulheres falam e se levantam. Assim foi em muitos momentos da história, assim é na vida. Nas mulheres que escolheram investir na carreira, nas mães que defendem seus filhos, nas pensadoras que refletem sobre a realidade, nas esposas que apoiam seus maridos, nas profissionais que não aceitam a subserviência, nas cortes e na política, na cultura e até no Oscar, nas sobreviventes da violência de gênero, nas que denunciam, nas que sofrem com essa violência e sentem que não têm mais força. E nas mortas pela desigualdade, mulheres cis e trans. Mulheres de alegria e de tristeza, mulheres que resistem.

Na vida e na morte, uma mulher diz muito sobre o mundo. Calar uma mulher não é fácil e nem tem que ser. Assim, hoje celebramos as mulheres que nos fazem viver, que nos dizem que o mundo pode ser melhor. As Marielles, as Marizas, as Marilenas, as Fernandas, as Dilmas, as Marias da Penha, as Carmens, as Elzas, as Nises, as Dandaras, as Carolinas, as Cecílias, as Berthas e as Tarsilas. E se o seu nome não está aqui, sinta-se representada por estas mulheres. Elas lutaram e lutam, lutas muitas vezes diferentes, mas que se completam. E essa luta ressoa em nós. Essa é a nossa luta, coletiva e de muitas vozes, de mulheres que falam e falaram por todas nós.

Desejamos a todas as mulheres um 8 de março pleno e feliz. E desejamos aos homens que seja um dia para refletir: de que forma eu também posso mudar o mundo, como elas? Como posso honrá-las? Como posso fazer da luta delas, a minha?